Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007
Da casa de Sintra, vejo o Hospital Amadora da dita (Fernando Fonseca) e, em hora de ponta, demoro mais de uma hora a lá chegar e mais duas ou mais para atendimento.
Provavelmente, quem protestou ontem, mesmo com as alterações, demora menos a chegar e a ser atendido...
Mas é uma festa, e o povo gosta é de animação.
tô
publicado por rais parta ó miúdo! às 03:39 |
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Agradeço o seu comentário no meu blog e retribuo deixando duas notas às suas notas...
Por imperativos da vida também passo grande parte do meu tempo na linha de Sintra, apesar da minha residência ser Pinhão, concelho de Alijó, beneficiário do SAP de Alijó e urgência de Régua. Não vejo o Amadora-Sintra da janela, e até admito que demore a tal hora para lá chegar em hora de ponta. Mas eu refiro-me às urgências realmente urgentes. Na vila do Pinhão (concelho de Alijó), em caso de emergência, o INEM demora entre 15 a 20 minutos e depois são mais 40 minutos para Vila Real (admitindo que faz uso dos privilégios de circulação, porque são 34 km repletos de curvas e contra curvas que o mais habilidoso dos condutores faz em 1km/minuto). Posso optar pelo transporte dos Bombeiros do Pinhão (que não têem protocolo com o INEM apesar das suas excelentes ambulâncias). Eles chegam em 5/10 minutos (ou menos porque há sempre alguém de prevenção), levam-nos para o extinto SAP de Alijó, onde teremos que tomar outra ambulancia dos Bombeiros locais, para Vila Real. (Situação verídica que eu ja presenciei). Até Alijó são 15-20 minutos e depois mais 30-40 até Vila Real. Mais lhe digo que a minha localidade nem é das piores... outras há em situação "temporal" mais problemáticas.
O outro ponto tem a ver com a urgencia do Amadora-Sintra. Estive lá 2 vezes. A primeira foi-me dada senha verde com um tempo de espera de 7/8 horas (eram 20h30). Aguardei até à 1h sem que os tempos de espera diminuissem, pelo contrário. Então vim-me embora, no dia seguinte foi de comboio até à Régua, onde fui imediatamente atendido. O Hospital cobrou-me a consulta e eu enviei os bilhetes de comboio. Dirá, com toda a razão, que se calhar eu não estava em situação de emergência medica porque senão não me tinha submetido a uma viagem de 5h30. Terá razão! Mas estava suficientemente preocupado e desconfortável para procurar auxilio médico. Tinha perfeita consciencia que não era situação de urgencia hospitalar. Um mero SAP chegaria para eu acalmar as minhas dúvidas. Acontece que nessa noite, às 20h30, todos estavam encerrados devido a uma falha de energia.
Onde eu quero chegar, e que ontem ficou provado no debate, é que cerca de 40% dos episódios numa urgência referem-se a situações em que o paciente está de facto desconfortável no momento, mas não necessariamente em risco de vida. E nesse contexto, as estruturas locais, chamem-lhes SAP ou Unidades de Saúde Familiar, ou o que seja, são fundamentais para filtrar episódios "falsos" de urgência e consequentemente descongestionar urgências a sério.
No caso do interior, como Alijó, não só os SAP deveriam ter essa função como mais algumas valencias de suporte de vida, dado que os 40 minutos entre algumas localidades e Alijó e daí até Vila Real mais 40 minutos poderão ser fatais em determinados quadros clínicos.
Peço desculpa pela extensão.
Mais uma vez agradeço a sua passagem pelo meu blog.
Com os melhores cumprimentos
Luís Almeida (ou como prefere o ministro 12596403)
Caro Luís,
obrigado pelos esclarecimentos!
Peço desculpa pelo "desfazamento".
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